19 de abr. de 2013

31º e 32º Arariboards

Abril é um mês muito especial para o Desbussolados, pois completaremos 2 anos no dia 28. Por isso, publicaremos várias matérias especiais, entrevistas e nossos já conhecidos reports das jogatinas. Para caprichar mais, vou dividir o relato do Arariboard. Seguem os dois primeiros finais de semana, logo logo terá mais!

  31º Arariboard (07/04/13)                                                                                                                    
Por Renata
Abrindo o Mês, tivemos um domingo super light... ou essa era a nossa idéia quando vimos os jogos presentes na mesa. Mas não foi bem assim :P
Novamente, como já tem se tornado frequente, partimos para duas mesas. Na primeira, Marcio, Fab e eu jogamos Ticket to Ride Europe. Esses meninos ingressaram muito rápido no mundo gamer e ficaram com deficiência na alfabetização básica. Como assim ainda não tinham jogado o "jogo dos trenzinhos"? Bom, reparamos o erro.
De bobo eles não tem nada, e Fab saiu sacaneando geral, tornando a partida super disputada! Ele simplesmente começou a construir uma estrada que cortou o mapa europeu de oeste a leste sem dar chances para mim e Marcio, que fazíamos a rota vertical. No final, entendi que a estratégia dele foi diferente. Com apenas dois pequenos objetivos, Fab ficou marcando pontos com estradas grandes, conseguiu empatar na maior estrada com o Márcio, e conseguiu uma boa pontuação. Mas não foi suficiente (HÁ! = vingança!) Marcio ficou em segundo e consegui garantir o primeiro completando 4 objetivos.


Colocação:
Renata 123 pontos
Marcio 111 pontos
Fabrício 104

Na mesa ao lado, Brito, Graça e Edu jogaram Carcassonne Hard Mode, modalidade de jogo da família Brito. (confesso que fiquei com medo O.o") Só ouvia os comentários desolados do Edu... Graça tb lutou, mas Brito conseguiu disparar na contagem e eles desistiram até de registrar os pontos. Se tiver um campeonato de Carcassonne da Grow, temos que mandar o Brito como nosso representante!!!

Como parte da turma ia partir cedo, e as outras opções de jogos eram muito longas, encerramos cedo as atividades, mas valeu a pena. Uma pseudo tarde light, mas com muita competição e desafios.

Essa talvez tenha sido a última partida do Edu, fundador e principal "pilheiro" para a realização do Arariboard. Esperamos que dê tudo certo nessa sua nova fase de vida e volte para nos visitar e jogar, ok? 

  32º Arariboard (14/04/13)                                                                                                                    
Por Arnaldo e Renata

Tivemos nesse último Arariboard mais um sinal de crescimento de nosso grupo. Apareceram para jogar conosco Caco, que já participava em antigos eventos (Niterói das Peças) organizados pelo Arnie, Marcos Felipe, e ainda a Nívia, esposa do Arnaldo.

Com a turma já velha de guerra: Brito, Graça, Renata, Fabrício, Michael, Rafael e Arnaldo e Fabrício, somando dez participantes.

Enquanto a turma toda não chegava, começamos a montar a mesa de Cloud 9 de aperitivo. Enquanto começávamos a explicação, o Rafa chegou e já dividimos em duas mesas.

Na primeira ficamos eu, Brito, Graça e Caco e para a segunda foram Rafa, Fab e Mike.

Jogo suuuuuper simples, onde os jogadores devem decidir quando permanecer ou sair do balão, antes que ele caia, e marcar pontos. A cada turno, um dos jogadores é o piloto e responsável por continuar com a trajetória  ascendente do balão.

Divertidíssimo, o jogo tem seus momentos de tensão, quase chegando ao topo das nuvens e caindo por falta de cartas. Graça quase conseguiu duas vezes chegar lá, mas acabou caindo e perdendo muitos pontos.

Eu e Caco fizemos uma estratégia menos arriscada e sempre pulávamos do balão logo cedo, garantindo uma pontuação constante. Brito conseguiu se destacar bastante nos pontos. Já na reta final, última corrida, Caco se precipitou e atingiu a casa dos 50 pontos. Em seguida, Brito também saltou e marcou 51. Eu estava nas mãos da Graça, precisa de 20 pontos pra passar os meninos, e consegui! Saltei do balão e marquei 53. Infelizmente, Graça já estava atrás na pontuação e não conseguiu nos alcançar. Joguinho aprovado!



Colocação:
Renata 53 pontos
Brito 51 pontos
Caco 50 pontos
Graça 35 pontos

Enquanto isso, na mesa ao lado, Rafale, Fab e Mike jogavam Kingdom Builder. Apesar do tema medieval colado, é um jogo bastante abstrato, de alocação de peças e controle de área. A cada partida são sorteados três objetivos comuns que orientam os jogadores para a pontuação.

A essa altura tínhamos terminado a partida de Cloud 9 e me juntei aos meninos a tempo de conferir a contagem de pontos. Fab, sempre na cola de Rafa, garantiu um empate na primeira colocação.



Colocação 1a. partida:
Rafael e Fab 72 pontos
Michael 53 pontos




Nesse ínterim, chegou o Marcos, que se juntou a Brito, Graça e Caco no Terra Mystica. Excelente jogo, mas bastante demorado pra uma learning session, por isso fui jogar o Kingdom com os meninos.

A mecânica é realmente simples, a cada rodada o jogador pega uma nova carta que determinará o tipo de terreno em que ele deverá alocar 3 de suas acampamentos. Nossos objetivos eram ter ao menos um acampamento em cada linha horizontal do mapa, ter a maioria em um quadrante e adjacência aos castelos. Jogando em quatro, a partida ficou super equilibrada e tínhamos que decidir pra que lado tentaríamos a dominância, não tinha como estar nos quatro cantos ao mesmo tempo.



A contagem ponto a ponto foi emocionante e fiquei satisfeitíssima com meu resultado. Rafa se sagrou o campeão da noite com as duas vitórias e Fab o rei do empate! :P

2a. partida
Rafael 71 pontos
Renata 50 pontos
Michael e Fab 43 pontos

Terminamos a partida quando Brito concluia a explicação das regras do Terra Mystica. Arnaldo e a esposa chegaram e as mesas se rearranjaram. Fab resolveu ir buscar o Libertalia, e, enquanto isso, Nivia, Rafa, Mike e Arnaldo conheceram também o Cloud 9.  Partida rápida e embarcaram no Libertália. Eu parti e deixo vocês com a análise do Arnie sobre o jogo:




Lá vem o Fabrício com sua maleta preta, a comportar misterioso conteúdo. Ágil como um corsário de primeira linha, saca sua arma, disposto a conquistar os demais participantes num só tempo. O tema: piratas. A arte: De fazer cair o queixo. O jogo: Libertalia. Com um tema que sempre remete a um imaginário de aventuras, exploração e cenários onde em nada ou ninguém se confia, aliado a beleza de seus componentes e sua boa reputação desde o lançamento, a "Nau Libertalia" aportou no Jambeiro era uma pedida irrecusável.

No jogo cada participante tem um deck com as mesmas cartas, a exceção de um fator de desempate. As cartas representam personagens que por sua vez retratam estereótipos típicos do ambiente da pirataria, do canhoneiro ao capitão, passando pelo papagaio, a moça nobre sequestrada, o escravo liberto e o garoto do convés (são 30 personagens diferentes). O jogo se passa em seis turnos, cada uma com uma mão de nove cartas. As nove cartas iniciais são compostas por um deck sorteado e aberto, de modo que os jogadores possuem decks idênticos no primeiro turno. Como cada turno requer a utilização de seis dessas cartas, sobrarão três, que farão parte das nove da mão seguinte. As novas seis cartas serão igualmente iguais para todos, e isso ocorrerá em todas as mãos até o fim do jogo. É essa diferença de três cartas cumulativas que permite a individuação progressiva dos decks e a ampla possibilidade de criação de estratégias e táticas de jogo.

O jogo é ganho por pontos de vitória, que por sua vez é obtido através do ganho de riquezas - dobrões, tesouros, mercadorias, etc. Pra obter o dinheiro e suas fontes, por sua vez, utilizam-se os poderes das cartas. A cada rodada, os jogadores escolhem uma de suas cartas para baixar. Simultaneamente as cartas de todos serão reveladas, e inicia-se a resolução do que acontecerá a partir disso: tesouros de dobrões serão obtidos (com diferentes pontuações, inclusive negativas), assassinatos poderão ocorrer... Muita coisa é possível nesse mundo traiçoeiro.

O primeiro aspecto curioso e observável após a primeira partida é o "learning curve" do jogo. A curva para cima é muito acentuada, e descrevo minha experiência de maneira simples: As primeiras três cartas que escolhi para colocar em jogo foram escolhas rápidas (e quase sempre erradas), porque embora o jogo tivesse sido muito bem explicado, eu não tinha ideia do que fazer com aquilo. Cheguei a imaginar que só entraria no jogo após três ou quatro partidas completas. Já na última mão do jogo, eu também baixava rápido minhas cartas, porém já de modo bastante consciente, a ponto de ter feito um turno excelente baixando as cartas na ordem que havia planejado no início deste.

Há jogos onde o tema se apropria bem da mecânica, e outros onde o contrário ocorre. Aqui vemos um título onde a mecânica foi feliz ao apropriar-se do tema. Não que a gente se sinta realmente capitão de um grande navio, mas os personagens do imaginário coletivo estão lá, e comportam-se de acordo com seus estereótipos, disto não sobra dúvida. Não sei se é jogo para ver mesa toda semana, mas com certeza o é para se jogar de vez em quando o ano todo - e se calhar, bastante mais!

De algum modo, os jogadores brasileiros que valorizam o mercado nacional não deixarão de reconhecer um pouco de Riquezas do Sultão nesta obra de Paolo Mori. Esse italiano vem mostrando talento no mundo dos jogos, tendo lançado títulos respeitados como Borneo, Vasco da Gama e agora o bastante badalado jogo de estratégia baseado na cidade de Gotham City e seus vilões em Batman: Gotham City Strategy Game.

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