22 de dez. de 2012

Dream Factory


Luzes, câmera, leilão! Quem nunca sonhou em ir a Hollywood rodar seu próprio filme, disputar a tapa as maiores estrelas do momento, ter aquele diretor cult ao seu lado, e rodar filmes como “Henry Putter and the hole-in-one”? Não, você não leu errado. Dream Factory é um jogo do campeão de títulos Reiner Knizia, que satiriza as produções e astros americanos neste set coletction com leilões.

Objetivo do jogo:
Ser o jogador com mais pontos ganhos com seus roteiros completos, troféus e tokens de dinheiro restantes no final da 4ª. Rodada.

Componentes:
- 1 tabuleiro de jogo
- 93 tiles de produção (19 atores, 7 estrelas [com o fundo vermelho], 4 diretores lendários, 15 diretores, 9 contratos, 13 efeitos especiais, 13 música, 13 câmeras)
- 22 roteiros (incluindo 3 para cada um dos 5 estúdios)
- 30 marcadores de classificação (numerados de 0 a 22)
- 50 tokens de $1.000.000
- 11 troféus
- 5 telas de estúdios
- 1 marcador de pipoca
- 1 livro de regras

Componentes de boa qualidade, com papelão bem rígido e boa impressão. Mas o destaque dos componentes fica a cargo da arte, extremamente irônica que brinca todo o tempo com os famosos de Hollywood.

O Jogo:
Cada jogador controla um grande estúdio e precisa produzir os melhores filmes possíveis. Entre os títulos, só clássicos do cinema (ou suas paródias)! Cada filme possui alguns espaços para colocação de tiles, que podem ser diretor, atores, fotografia, efeitos especiais, música e contrato. Por toda a Hollywood foram separadas 8 locações famosas, e em cada uma delas colocado alguns desses tiles. Os donos dos estúdios deverão disputar aquele lote através de leilões milionários. Quem ganhar, leva todo o lote para produzir seus filmes.

Cada um dos tiles possui uma classificação em forma de estrelas. Quanto mais estrelas acumularem no seu filme melhor! Quando um filme é completado com todos os tiles exigidos, somam-se todas as estrelas dele, do título e dos tiles, e coloca-se um marcador sobre aquele filme. A partir de agora, ele participará dos grandes festivais tentando conquistar mais prêmios.

São jogadas quatro rodadas até o final, e a cada uma delas existe uma premiação para os melhores filmes. Primeiramente, ao final das três primeiras rodadas, premia-se o primeiro melhor filme do gênero drama, comédia e ação, além das réplicas do Globo de Ouro, Urso de Ouro e Palma de Ouro para o melhor filme da rodada. Ao final do jogo, pontuam o melhor de todos os filmes e também o pior, aqui tem Framboesa de Ouro também. Também recebe troféu o estúdio que tiver a melhor soma de diretores.
Ao final, somam-se todos os valores de filmes terminados, os troféus e dinheiro restantes. Quem tiver mais pontos será dono do estúdio mais promissor de Hollywood!

 
Com essa premissa super simples, Knizia, autor de acertos e erros, consegue pontos em fazer um dos raros bons jogos sobre cinema. Seu ponto forte está justamente na simplicidade que propicia uma diversão eficaz. Mas considero de grande mérito destacar que as caricaturas e paródias com os títulos dos filmes são realmente o que fazem diferença. Além da temática dos festivais estar bem representada nos troféus.

Considerações:

Este é, na realidade, um jogo repaginado. Anteriormente publicado como Traumfabrick e Hollywood Blockbuster, a versão dos anos dois mil, Dream Factory, trouxe outro ar ao jogo. As anteriores trazem fotos dos artistas clássicos da era de ouro do cinema, preto e branco, esta, traz caricaturas divertidas e coloridas. Cabe ao jogador decidir qual prefere, mas as regras são as mesmas.

Os pontos forte são a simplicidade e a as paródias com os filmes, diversão à parte adivinhar qual é o nome original, ou rir com as caricaturas de Steve Spellborg ou Penn Élopé Rouge entre tantos outros. É definitivamente um jogo famíliar, para iniciados ou não no mundo gamer.


REGRAS EM PORTUGUÊS: Traduzimos as regras para o português, e você pode baixar aqui via BGG

Informações adicionais:
2 a 5 jogadores
Acima de 10 anos
Tempo médio: 60 min
Valor médio: U$40
Publisher: Filosofia

[Resenha publicada originalmente na Ludo Brasil Magazine nº 21]

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