26 de jul. de 2011

II Jogatina Desbussolada

Domingo passado rolou a II Jogatina Desbussolada (oficial) com toda a galera se reunindo mais uma vez na casa do Marcelinho e do Samuca, o que não acontecia desde maio. Levamos os jogos “novos” que tínhamos comprado nos últimos meses e que ainda não tinham sido estreados e caímos dentro!

Enquanto todo o pessoal não chegava, Daniel puxou uma partidinha light, assim, só pra esquentar e alimentar o estômago. E que refeição é melhor do que alguns cérebros humanos? (eca!) 




ZOMBIE DICE
2 ou + jogadores / +10 / 15 min

Você é um zumbi e deve se alimentar de cérebros, e fugir dos tiros. Quem comer mais cérebros (13) primeiro vence.

É um jogo de dados super simples e divertido, no qual não se depende apenas de sorte, mas também de estratégia. Os dados possuem três cores diferentes que aumentam ou diminuem a probabilidade de conseguir cérebros e levar tiros.

Foram duas partidas e depois a Fabi chegou e completou a terceira. Mas estava tão difícil (todo mundo levando tiro, ou como disse Marcelo: rodada arrasta corrente), que começamos a tentar desafiar nossos próprios limites e todos morreram. Como chegaram Guile e Zezinho, acabamos desistindo de terminar e a partida não teve vencedores.

Placares:
            1ª. Rodada / 2ª. Rodada / 3ª. Rodada
Dani:                7          / 10                  / 1
Marcelo:          9          / 4                    / 10
Samu:              13 \o/   / 9                    / 10
Rê:                   3          / 13 \o/            / 11
Fabi:                -           / -                    / 9

A rodada não rendeu apenas boas risadas como também ótimas fotos:


Primeiro ele faz amizade com o humano.
Depois ele devora seu cérebro!

Com a chegada dos meninos, resolvemos montar a mesa de Bang! com sete jogadores, todos sanguinários na mesa. 


 BANG!
4 a 7 jogadores / +8 / 30 min

No velho oeste, o Xerife, auxiliado pelos seus dois vices, precisa manter a ordem e caçar os foras-da-lei, mas eles e um renegado só querem a cabeça do xerife! É um jogo de mata a mata com muito blefe, duelos, dinamites e cerveja.


Imagina esse tema com esses jogadores a mesa... só podia dar morte mesmo XD
Foi a partida mais longa que já joguei, deve ter durado quase duas horas, pois todos estavam alternando muito seus papéis, conseguindo esconder quem era bandido e mocinho. Só o Samuel se revelou muito cedo e foi o primeiro a morrer no jogo (ressuscitou e morreu de novo :P).

Marcelinho começou como um Xerife tresloucado, dando trabalho para seus próprios vices. A dinamite (puxada pelo próprio Xerife) rodou toda a mesa durante um bom tempo, voltou para ele, mas estourou na mão do Zezinho (segundo bandido a morrer). A essa altura eu também já tinha me revelado e me mataram rápido.

Xerife Marcelo confuso e Zé Fora-da-Lei malandro.
 
Restaram Fabi, Guile e Dani para tentarem provar ao xerife sua lealdade. Quem já joga com o Dani há algum tempo sabe que o maldito mente bem pra caramba, e quando ele teima em se fazer de bonzinho, aí que você tem que desconfiar mesmo! Mas Marcelo achou que ele estava falando a verdade e matou seu fiel escudeiro Guile, para só depois Fabi conseguir matar Daniel (renegado), e os mocinhos vencerem.

Guile tenta salvar seu xerife.

Foi uma partida e tanto e seu término culminou com a chegada do Clã Abbondati que veio representado por Lucio, Lucas e Bárbara (fiquem de olho nessa menina!!!!) XD

Agora que a turma estava completa, resolvemos estrear a expansão do Saboteur do Dani. Dez pessoas numa mesa sempre dá confusão, e foi meio complicado ler as regras com todo mundo falando, mas depois de uns pitis básicos (cof cof), resolveram brincar de vaca amarela e conseguimos explicar o jogo, que a princípio parecia bem diferente da 1ª. Versão.


SABOTEUR 2
2 a 12 jogadores / +8 / 30 min

Mantem-se o objetivo do primeiro, mineiros escavam túneis em busca da pepita de ouro. Mas agora eles não estão sozinhos, nem são todos iguais. O jogo se divide em vários personagens. Os mineiros básicos agora formam dois times, verdes e azuis, os sabotadores foram reduzidos para até 3, mas surgem o mestre mineiro (verde e azul, que ganha quando um desses ganhar), o investidor, que ganha com o lucro alheio e o geólogo que não quer saber de pepitas, só de cristais que encontram pelo caminho.

Novas cartas de ação estão disponíveis, como olhar o personagem de alguém, trocar de personagem (caso tenha sobrado), trocar todas as suas cartas com outro jogador, aprisionar alguém e ele não receber nada no final e roubar pepita alheia. Além de novas cartas de caminho curvas e com portinhas que só abrem para mineiros verdes ou azuis, e a escada que se conecta com a carta inicial.

A premissa estava parecendo ótima! Mas, talvez pela grande quantidade de jogadores (éramos 10, não seis) e pelo número reduzido de sabotadores, tudo corria muito rápido. O jogo terminava e você só tinha jogado duas vezes. Esse ritmo muito acelerado deixou todos desanimados, com vontade de jogar apenas a primeira versão. Quero experimentar com menos gente, pois as mudanças podem ser muito interessantes com mais tempo de jogo.

Eu peguei o mestre e o investidor e fiquei meio decepcionada, pois fica dependente do trabalho dos outros e você recebe menos pepitas, tinha a carta para trocar de personagem, mas nem tive tempo de usá-la. Alguns começaram a “sabotar” o jogo pra ver se rendia mais, mas mesmo assim foi rapidinho. Samuca saiu vencedor com seis pepitas ao todo.

Mesa grande cheia de expectativa pra Saboteur 2.


Uma pausa rápida pra comer uns belisquetes e o bolo salgado maravilhoso da Lucia que terminou em segundos sendo disputado a tapa! (imagina se teve tempo pra foto... tsc tsc)


CIN CIN
4 a 8 jogadores / +8 / 30 min

Enquanto o pessoal estava meio disperso, Fabi puxou nossa primeira partida de Cin Cin. Eu estava, confesso, morrendo de medo de jogar porque me acho totalmente sem coordenação e velocidade pra isso, mas acabei jogando.

Na mesa estávamos eu, Fabi, Bárbara, Lucio, Lucas e Daniel. Cada um representa um turista e seu país com seu brinde e bebida característico. Uma carta é sorteada e ela possui três elementos: um turista, uma bebida e um lugar diferentes. Todos os três jogadores que estiverem representados na carta por um dos elementos devem disputá-la, falando o brinde na língua do turista com o gesto da bebida ilustrada.

Isso em ritmo acelerado é um verdadeiro nó no cérebro!!! E nem os que já tínhamos comido como zumbis foram suficientes para nos deixar mais espertos. :P

Mas a graça está justamente em tentar, errar, se embananar todo gritando Salut e brindando com dedinho pra fora, ou Kampai batendo na mesa, etc. Boa pedida e bem animado.

A disputa foi super acirrada entre Bárbara e Fabi, mas as duas vitórias acabaram ficando com a Fabi mesmo.

Componentes de Cin Cin

QUIZ NERD
2 ou + jogadores / +8 / 15 min

Lucio levou vários de seus protótipos para o pessoal ver, e acabamos testando o divertido Quiz Nerd, que colocou nossas lembranças nerds de criança e adulto em jogo. Quase saia tapa quando alguém respondia junto, mas ninguém saiu ferido. Bárbara deu um banho em todo mundo e levou o troféu!

Bárbara, essa já nasceu lenda!


Kakerlaken Suupe & Salat
2 a 5 jogadores / +6 / 15 min
 
Seguindo a linha de jogos rápidos, divertidos e “funde-cuca”, fomos conhecer a irmã da Salada de Barata, a Sopa de Barata! No estilo do velho jogo de cartas “Tapão”, você deve cantar os nomes dos legumes que vão aparecendo na mesa, mas aqui ninguém bate não. (tenho traumas e marcas até hoje de partidas de tapão na infância).

Não pode repetir nunca a mesma palavra, mesmo que a carta de tomate tenha saído duas vezes seguida, deve atribui-lhe outro legume, como cenoura, mas se sair a carta de cenoura, dê outro nome a ela também.
Mas se a carta da baratona pintar na mesa, grite “barata”, e o legume que ela contaminou fica proibido de ser pronunciado.

Jogamos primeiro só com a sopa para nos acostumarmos com os novos legumes, e apresentar ao pessoal que não conhecia. Depois juntamos os dois (sopa + salada) e virou uma bagunça! Era um tal de cenoura virar abacaxi, alho-poró virar aipo, barata virar batata, dancinhas e musiquinhas malucas apareciam quando íamos engasgar.

Bárbara detonou os marmanjos (de novo), sem quase errar e zerou a mão primeiro nas duas partidas. Eu não ia dizer não, mas essa menina já nasceu lenda, se cuida Lu Azevedo!


Guile e Zezinho se despediram no meio dessa partida, e quando ela terminou, paramos para comer uma pizza e terminar com o maravilhoso bolo de brigadeiro do niver do Zé da noite anterior.


Na volta aos trabalhos, um impasse se instalou sobre qual jogo seguiria. Os Abbondati queriam conhecer Bang e eu queria testar a extensão do Carcassone, então dividimos as mesas.

Bang! Repeteco

Lucio, Lucas, Bárbara, Samuel e Fabi seguiram na partida de Bang! Com Lucas como Xerife. Não pude acompanhar muito, mas Samuca foi o primeiro a morrer, de novo! (implicância.com XD) Não era o dia dele como fora-da-lei. Bárbara também ficou de fora, e a renegada Fabiana (agora sim no seu papel natural, lá vem ela me xingar depois disso :P) tinha que dar cabo do Lucio antes de enfrentar o xerife que gritava que não sabia em quem confiar, tsc tsc, (quem nasceu como pirata quando vira xerife fica confuso, tadinho XD). Mas eles conseguiram matar a Fabi e os mocinhos venceram o jogo. Não era a noite dos bandidos mesmo.

Xerife Lucas tentando botar ordem no velho-oeste.
 
CARCASSONNE: Inns & Cathedrals
2 a 6 jogadores / +8 / 60 min


Na outra mesa, eu, Daniel e Marcelo experimentávamos a primeira expansão do Carcassone, que acrescenta lagos, duas catedrais e novos tiles com outras configurações de estradas, além de permitir mais um jogador e o meeple grande que tem valor de dois normais.  

Gostei muito da expansão, pois não apenas torna o jogo maior, como os lagos e catedrais acrescentam uma urgência ao jogador para conseguir concluir suas construções, pois do contrário, não marcará pontos.

Marcelo concentradíssimo, "lagoas, lagoinhas"

 A pontuação também dispara, aumentando a competitividade. E o mapa fica lindinho. Aprovado em todos os quesitos.
Placar:
Renata: 118 pontos \o/ Marcelo: 99 pontos Daniel: 75 pontos

Daniel e Marcelo com o mapa final do jogo.

Enquanto guardávamos tudo, ainda rolou um último repeteco de Zombie Dice, porque queríamos que Bárbara testasse, pois ela é a rainha dos dados. Mas Fabi não deu chance e fechou o placar da noite com vitória.
Fabi: 15 cérebros \o/ Bárbara: 10 cérebros Rê: 10 cérebros Lucio: 9 cérebros Dani: 8 cérebros


Placar final do dia:
Fabi: 4 vitórias \o/
Bárbara: 3 vitórias
Rê e Samu: 2 vitórias
Marcelo, Lucas e Lucio: 1 vitória
Dani, Guile e Zé: lona

Valeu, gente, e até a próxima!

24 de jul. de 2011

A Game of Thrones

Sem dúvida o sucesso mais comentado nos últimos meses é “A Game of Thrones” (Guerra dos Tronos), livro escrito por George R. R. Martin em 1996, dentro da saga “A Song of Ice and Fire” (As Crônicas de Gelo e Fogo). Mas por que se tornou assunto?
GoT é o tipo de história que dá margem a vários subprodutos, mas não apenas do tipo merchandising de ocasião, produtos de qualidade que podem caminhar por si próprios dentro de cada seguimento e que contribuiem para o fortalecimento da marca como um todo, o tipo de produto que toda empresa quer, mas nem sempre tem a capacidade de administrar.

Iniciou-se como série literária, ganhou o mundo dos jogos com jogos de cartas, tabuleiro e RPG, e em abril, foi lançada a série de TV pela HBO que trouxe o assunto novamente ao foco. Tão em foco que reviveu a versão boardgame.


1ª. versão



A Fantasy Flight Games lançou a versão para tabuleiro em 2003. Está na lista das curiosidades a serem experimentadas em breve. Mas os amigos gamers de plantão já asseguraram que é um ótimo jogo, e aposto que voltará a ganhar mesa de agora em diante,





2ª. Versão


principalmente porque ontem foi anunciado o lançamento da segunda versão do jogo pela mesma FFG, apostando no sucesso da série e na qualidade do primeiro jogo: “A Game of Thrones: The Board Game Second Edition”.




As seis grandes casas de Westeros devem lutar, derrubando umas as outras, e garantir o domínio exclusivo do continente devastado pela guerra e revoluções políticas. Esta segunda edição inclui elementos das expansões  “A Clash of Kings” e ‘A Storm of Swords”, arte atualizada, melhoria nas regras, e outros adereços. Permite de 3 a 6 jogadores e tem censura de 14 anos.


tabuleiro da 1a. versão

tabuleiro da 2ª. versão

componentes da 2ª. versão


O lançamento está previsto ainda para 2011.

Mais informações sobre os jogos:


Enquanto isso, ainda não tive oportunidade de ler a saga, mas convidei a desbussolada Fabi, nova fã confessa da franquia, para apresentá-la a vocês. Assisti apenas o primeiro capítulo da série, e o tom extremamente violento me afastou um pouco, preciso dar uma segunda chance para ver o que realmente tem de interessante. A segunda parte deste post é uma resenha sobre os livros e a série de televisão para aqueles que querem conhecer mais a fundo o universo de A Game of Thrones. Boa leitura!

Rê Palheiros


RESENHA


Quando a Rê tão carinhosamente me convidou (leia-se intimou) a colaborar com o post sobre Game of Thrones, me senti um tanto preocupada. Afinal, o que eu tenho a passar, a ensinar ou acrescentar a respeito desse assunto que não possa ser simplesmente lido na Wikipédia? Então cheguei à conclusão de que o ideal seria passar minhas impressões de recém viciada nessa “heptologia” (não faço a mínima idéia se existe essa palavra), e tentar convencer o maior número possível de pessoas a também conhecer essa magnífica saga. 

Para começar, vou tentar corrigir o primeiro erro dos iniciantes: Game of Thrones é o nome do primeiro livro e não da coleção completa. Esta se chama “A Song of Ice and Fire” (traduzido aqui no Brasil como “As Crônicas de Gelo e Fogo”), é escrita por George R. R. Martin, e será composta de 7 livros. Será composta porque ainda não está completa!  (Ou seja, você que não gosta de começar a ler séries incompletas, esteja avisado). Até agora são 5 livros publicados, sendo que aqui no Brasil só foram lançados até agora 2 volumes. O terceiro está em pré-lançamento para Agosto.   Só a título de curiosidade, o quinto volume, intitulado  “A Dance with Dragons”, possui 1040 páginas, quase superando sozinho a trilogia do Senhor dos Anéis (ou seja, se você é preguiçoso, também nem comece a ler.. :P). Até agora a saga conta com 4300 páginas, ou em torno disso, dependendo da edição, claro.

Voltando ao assunto principal, eu conheci a coleção através da série produzida e exibida pela HBO neste ano. Estava acompanhando atentamente a série e quando chegou no sexto capítulo, após uma cena magnífica (que não vou dizer aqui para não dar Spoilers, mas posso adiantar que foi protagonizada por Viserys Targaryen e Khal Drogo, e aí quem lê ou assiste saberá do que estou falando), pensei: PQP que cena f..., tenho que saber mais sobre isso!! Preciso saber o que acontece depois, e definitivamente não vou esperar mais uma semana!!!  Quem me conhece sabe que a paciência não é uma das minhas virtudes e por isso, na mesma hora, entrei na internet e comprei os 2 primeiros livros. 

Khal Drogo
Viserys Targaryen

 E então, o vício se instalou!! Para quem gosta de ler, eu super recomendo os livros!! A série da HBO é magnífica, super bem produzida, mas ainda assim não se compara a nossa capacidade de imaginação! Os detalhes do livro são muito mais abrangentes e, na verdade, são de mais fácil compreensão do que pela série, visto que para se adequar ao formato, muitas informações são cortadas ou subentendidas. 

“As Crônicas de Gelo e Fogo”, tem sido muito comparada a “O Senhor dos Anéis”, e, imagino eu, que seja mais por sua proposta de construir todo um novo mundo, com suas espécies diferentes, sua geografia própria e suas próprias diferenças climáticas, do que necessariamente por sua temática. Em “Crônicas”, o nível de fantasia é bem menor e o mundo, com características medievais bem fortes, é bem mais verossímil e mais facilmente compreendido do que na obra de Tolkien. 

A história é bem complexa e tem um alto nível de jogos políticos que tornam as coisas meio difíceis de serem entendidas rapidamente, mas muito interessante. Além disso, por possuir muitos personagens “principais” muitas vezes nos perdemos um pouco. Para mim, que tenho muito problemas em guardar os nomes dos personagens, era um pouco difícil me situar, mas no fim do primeiro livro tem um resumo das casas principais e de seus componentes, o que ajuda um bocado. E também existe um infográfico que encontrei através do podcast do Jovem Nerd  (olha o jabá :P ) que me ajudou bastante a compreender a estrutura das famílias.  

Mas cuidado porque ele também possui Spoilers !!



A saga se passa em um mundo fictício, e é basicamente concentrada em um continente chamado Westeros. No primeiro livro “Game of Thrones”, temos a apresentação desse mundo, que possui um sistema meio louco de mudanças climáticas, que é um ponto importantíssimo da história. Este mundo possui verões de anos e conseqüentemente também os invernos de anos. Chega a ser estranho porque a duração das estações é variável (o que não faz o mínimo sentido, mas...) e no tempo atual da história estamos situados no fim do verão mais longo visto nos 3000 anos anteriores. Após dez anos de verão, o inverno está chegando. E esse é o lema (O inverno está chegando) da casa principal da história; os “Stark”. A trama se desenrola tendo como eixo principal essa casa, e vai-se apresentando as outras casas e seus respectivos dramas aos poucos. É basicamente sobre uma disputa de tronos, entre  sete  famílias que já tiveram seus reinos separados numa época anterior.  Mostra muito desses jogos políticos e dos interesses particulares de cada casa, ou de cada pessoa.  É uma armação atrás de outra, mentiras, politicagens e muiiiiita traição. Ninguém é o que parece ser, ninguém é confiável e, principalmente, todos são descartáveis. R. R. Martin não tem a mínima pena de eliminar personagens, ou seja, não se apegue a ninguém!!


Numa segunda linha de desenvolvimento da trama, temos uma parte do aspecto fantástico da história. Existe ao Norte uma muralha que protege o reino do que existe mais ao Norte (sei que é redundante, rsrs, mas é isso mesmo). Existe lá um povo selvagem e também Os Outros (que não tem nada a ver com Lost). Os selvagens sempre foram uma ameaça constante, mas não passam de pessoas que não vivem sobre o júdice do Rei, e agora com o grande inverno anunciado, Os Outros estão renascendo, e a ameaça começa a ser mais real. É interessante ver que, por a maioria dos protagonistas serem muito jovens,  quase ninguém tem o devido respeito , ou temor, ao inverno.  São quase todos crianças de verão,e ainda não passaram pelas auguras da vida no inverno.

E, por fim, numa terceira linha, também continuando o aspecto fantástico, há a linhagem dos Dragões, dos antigos reis por direito, que foram destruídos e cujo dois últimos membros fugiram para as ilhas do Leste ainda crianças. Estes também estão tentando voltar e reconquistar o que lhes foi usurpado. Essa, no meu ponto de vista, é uma das partes mais legais da história. Adoro a maneira como Daenerys  Targaryen reage ao seu destino, e principalmente como R. R. Martin muda toda a estrutura da história através desse viés que é bem menor e que apresenta implicações enormes no livro.

Outra coisa bem legal do livro, é como R.R. Martin constrói a narrativa do livro através dos olhos de cada protagonista. Os capítulos são contados, em terceira pessoa, seguindo o ponto de vista de cada um, e levam como título o nome desse personagem. Acaba por não ser uma história muito linear e sim segue a importância dos fatos dentro de cada casa. 

Já sobre a série da HBO, obviamente também a recomendo, mas deixe para vê-la depois da leitura do primeiro livro. Como disse antes boa parte da magia da história está em nossas mentes e na nossa capacidade de imaginar. A primeira temporada, que possui 10 capítulos, é sobre o conteúdo do primeiro livro somente. A segunda temporada já está prevista e começa a ser produzida agora no início de agosto.  

O principal mérito da série televisiva é que ela trouxe de volta a tona essa saga e propiciou que mais pessoas a conhecessem. Além disso, a produção é de uma qualidade excepcional, com o selo de qualidade já conhecido da HBO. Como em outras produções, como Roma, eles não economizam em cenários, figurinos, etc e isso é uma parte gigantesca da história. Aliás, a maneira com que Martin explica os castelos, cidades, etc, são um encanto a parte na coleção. E acho que a HBO conseguiu mostrar isso muito bem. Tudo é feito com uma riqueza de detalhes impressionante. Aliás, esse é um bom exercício mental, ler o livro, imaginar à sua maneira os cenários e depois ver como foram feitos no seriado.  Eu, que sou arquiteta, fiquei encantada em como eles conseguiram compreender e passar tão bem a ideia do que o autor escreveu no livro.

Eu aconselho também a não fazerem como a Rê, que só viu o primeiro capítulo e se desinteressou. A série dá uma engrenada após o 3º/4º capítulo. Até então, eles tem a difícil tarefa de apresentar todas as casas principais, e por isso fica um pouco complicado de conseguir pegar a linha principal da história. Após isso, já com todos os personagens devidamente apresentados, a história é melhor contada, e flui num ritmo muito bom.

Também vale falar que, além da série da HBO e dos jogos, está prevista para ser lançada em setembro (nos EUA) uma adaptação para quadrinhos da saga. Esta terá roteiro de Daniel Abraham, com ilustrações de Tommy Patterson. Vale esperar e conferir!

Capa da HQ por Alex Ross


Espero que eu tenha plantado em vocês uma sementinha de curiosidade e que, assim como eu, tornem-se fãs viciados dessa série apaixonante.

E agora cabe a vocês lerem o livro (ou assistirem a série, seus preguiçosos)  para saberem o desenrolar da história, claro. Mas, independente da mídia, saibam que estarão abrindo suas mentes para um mundo fantástico e que depois da primeira página, não haverá volta!!

O inverno está chegando...

Ps: Acho que depois desse post minúsculo a Rê nunca mais pedirá ajuda, rsrsrs..

Fabi Cabral

18 de jul. de 2011

I Maratona Desbussolada

Dia 02 de Julho passado tornou-se um marco aqui no Desbussolados. Enquanto eu e Fabi fomos jogar na paz e tranqüilidade de um sítio, Lu, the legend, abria a porta de sua casa para a primeira Maratona Desbussolada! (o pior é que nem ela sabia no que estava se metendo).

Apartamento a postos, Lu e Tonny de braços abertos e os convidados começaram a chegar por volta das três da tarde do sábado. Gian e Warny chegaram já puxando um Caylus. Jogão que aprendi com o próprio Warny quando fui ao meu primeiro encontro do Castelo das Peças lá na Tijuca, pelos idos de 2007.

CAYLUS
2 a 5 jogadores / +12 / 60 a 150 min

1289. Para reforçar as fronteiras do Reino da França, o rei Philip O Justo decidiu construir um novo castelo. Naquela época, Caylus era somente uma vila humilde, mas trabalhadores e artesãos foram sendo atraídos pelas boas perspectivas. Ao redor da construção, uma cidade foi, lentamente, nascendo. Os jogadores devem ser construtores. Construindo o castelo do rei e desenvolvendo a cidade ao redor dele, eles ganham pontos de prestígio e o gosto do rei. Quando o castelo estiver pronto, o jogador com maior número de pontos de pretígio vence o jogo. 

 As 17h chegaram Paula e Thiago, responsáveis por iniciarem a Lu nos tabuleiros (viu gente, é culpa deles!!!) com Monopoly e Volta ao mundo (jogo muito bom da Grow que recomendo).

Tabuleiro de Caylus e componentes.
Mesa de Caylus com Agrícola ao fundo.


CLUE SUSPEITOS
2 a 4 jogadores / +8 / 15 min 
Em seguida foi a vez de puxarem um joguinho bem mais light pra aliviar a cabeça. Após corromperem Vera, uma amiga inocente que estava ali apenas para almoçar, começaram uma série de partidas de Clue. Foram 4 rodadas, 1 vitória de cada e 1 zebra, onde ninguém ganhou (como isso é possível?).


Enquanto Caylus continuava, com a tentativa do Warny de ganhar dos três “estreantes” (Lu, Tonny e Gian), Vera (a amiga corrompida) foi embora, Tati e Daniel chegaram e puxaram um Agricola junto com a Paula e o Thiago.

AGRICOLA
1 a 5 jogadores / +12 / 120 min 
Em Agricola, você é um agricultor com seu cônjuge. Você começa a ter apenas duas ações, um para si e outra para o cônjuge, a partir de todas as possibilidades que você encontrará em uma fazenda: recolher barro, madeira ou pedra; construir cercas; e assim por diante. Você pode pensar em ter filhos, a fim de obter mais trabalho realizado, mas primeiro você precisa para expandir a sua casa. 


Agrícola é um jogo de temática simples, mas quanto a jogabilidade é bem complexo, devido a quantidade de diferentes estratégias que podem advir das cartas de ação.

As 20 horas, rolavam Caylus e Agrícola simultaneamente. Consigo até visualizar as fumacinhas saindo da cabeça das pessoas! ^^ E adivinha quem ganhou a partida de Caylus? A “estreante” Lu, the legend. ¬¬” (no coments) e Daniel finalizou com vitória o Agrícola.

Warny ensinando Agricola.

Mesa de Agrícola com Caylus ao fundo.


SABOTEUR 2
2 a 12 jogadores / +8 / 30 min

Cada jogador assume o papel de um Anão Minerador ou um Anão Sabotador. Os Mineradores querem cavar túneis para chegar ao tesouro, enquanto que o Sabotador tentam impedí-los, sabotando suas ações. Porém, cada jogador só conhece seu próprio personagem e o Sabotador pode ser qualquer jogador. Versão expandida de Saboteur.

Depois de dois jogos assim, só com um bom Saboteur pra relaxar os ânimos e gritar muito “Sabotadoooooor”, estreiando a continuação desse clássico card-party-game as nove da noite, reunindo todos no mesma mesa.

1a. mesa de Saboteur 2.
Uma hora depois, Fel chegou pra prestigiar o evento, e pouco depois, Paulette e uma amiga uruguaia (tadinha, não sabe onde se meteu). Todos os sabotadores reunidos, e a disputa foi até meia-noite. (Fico aqui imaginando o que os vizinhos ficaram pensando... por sorte não chamaram a polícia com tanto bandido no apartamento vizinho).

Mesa completa de Saboteur 2.
Passadas as doze badaladas, Paulette, a amiga uruguaia, Fel e Tati deixaram o recinto, e os desbussolados restantes se redistribuíram.

GUILLOTINE
2 a 5 jogadores / +12 / 30 min

Os jogadores pontuam ao conseguir levar os nobres mais "valiosos" à guilhotina. Através de cartas com poderes diversos, é possível alterar a ordem da fila de execução.

Paula, Thiago e Daniel começaram Guillotine, outro cardgame que ainda não tive oportunidade de conhecer. E depois embarcaram no Small World, jogo preferido do Daniel.


Olha só a cara de alegria dos viciados, quero dizer, desbussolados! ^^


SMALL WORLD
2 a 5 jogadores / +8 / 80 min 

 Small World é um jogo de civilização onde os jogadores se confrontam para conquistar e controlar um mundo que é pequeno demais para acomodar a todos!
Cada civilização é formada pela combinação de uma raça com suas próprias habilidades mais um poder especial único, podendo se formar diversas combinações diferentes. A partir daí é atacar as civilizações vizinhas mais enfraquecidas até que a sua própria se enfraqueça e é nesse ponto que cada jogador deve saber o momento certo de abandonar a civilização decadente e iniciar uma nova.
 
Small World em andamento.


AGE OF EMPIRES III
2 a 5 jogadores / +10 / 120 min
O jogador assume o papel de uma potência colonial, em busca de fama, glória e riquezas no Novo Mundo. Conforme você avança através das três eras, você pode lançar expedições de descobrimento, colonizar regiões e expandir suas práticas mercantis. Para tanto, você precisa construir estruturas que dêem à sua nação vantagens, desenvolver-se economicamente e, se necessário, declarar guerra aos adversários!

Na outra mesa, os desbussolados encaravam o bonito Age of Empires III. Depois de um longo setup e explicações, a partida era comandada por Warny e Tonny na liderança. Mas terminou, depois de duas horas de duração, com a vitória da ... ai cansei XD, Lu, the legend (é melhor fingir que perde de vez em quando pra agradar os amigos!)

Warny, Tonny, Gian e Lu, exaustas mas não largam o osso.

detalhe do tabuleiro e componentes do Age of Empires.

 
MAFIA 
4 a 9 jogadores / +16 / 60 min
Uma cidade tomada por crimes e corrupcão. Duas máfias rivais se confrontam em uma batalha incessante pelo poder. Enquanto isso, a polícia tenta se infiltrar para salvar a população e limpar a cidade.
Em um jogo de muita estratégia, onde blefar é uma arte, o segredo está em descobrir quem é quem nessa cidade cheia de mentiras. Quem são seus companheiros? Em quem confiar?

Enquanto isso, antes tarde do que nunca, aportavam mais jogadores: Tâmara e Luis, que  logo foram sequestrados pela Máfia Italiana! 

Máfia da jogatina!
As 3 e meia da madruga, após uma merecida pausa, “é hora do lanche, que hora mais feliz!” As boas línguas dizem que o estava delicioso, com um surpreendente bolo de limão da Vera! (e eu só na vontade aqui). Gian, Tâmara e Luis partiram. Paula foi descansar nos braços de Morfeu e com as patinhas de Mel (a gatinha da Lu).

WINNER’S CIRCLE
2 a 6 jogadores / +10 / 60 min
Um animado jogo de corridas de cavalos, onde os jogadores apostam em vários dos sete cavalos para tentar obter o máximo de dinheiro até o final do jogo.

 Mas a joga continua, oras! O que importa se são cinco da manhã? Lu, Tonny, Daniel e Warny foram ao jóquei apostar nos cavalos. Como todo viciado que se preze, Lu adorou o jogo! Espero que essa menina não comece a jogar a dinheiro...

"cavalinhos" cansados as cinco da manhã.

REPETECOS

Warny, depois de perder pro Daniel, desolado por não vencer em nenhum de seus jogos, sucumbiu, foi se deitar também. Enquanto isso, Lu (já cambaleante), Daniel, Tonny e Thiago montaram novamente o Small World. As nove a partida se encerrou com vitória do Tonny (eeee, fazendo campanha contra a Lu :P *foge*), Daniel deu adeus e voltou para casa (que por sinal é ao lado), e a trupe continuou.
Novamente Guillotine, agora com Lu, Tonny e Thiago. A “lenda” diz não ter entendido nada porque seu cérebro já não funcionava mais. Então aproveitou que Paula acordou lá pelas 10h e foi se deitar.
Enquanto isso, rolava outra mesa de Winner’s Circle. [Um breve hiato temporal]. A uma da tarde do domingo, Lu acordou e os meninos seguiam jogando. Improvisaram um almoço, pois precisavam repor as energias. Wanry acordou providencialmente as duas quando o rango saiu.

Repeteco de Small World.

Fechando a maratona com um cardgame.
Pra encerrar, mais um cardgame, Fairy Tale (devidamente lembrado pelo Thiago, valeu!), e as quatro da tarde do domingo estava encerrada a 1ª. MARATONA DESBUSSOLADA! Parabéns Lu e todo o pessoal que compareceu! Que venham outras, e que eu possa participar também XD


Texto de Renata sobre as onbservações de Lu. Da próxima vez, a senhorita faça o favor de nos agraciar com suas resenhas :P